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Cachoeira da Fumacinha
Mucugê -
BA , Lat.:
-13.279459953 Long.:
-41.260700226
Última alteração: 11/10/2024 20:36:55
Última alteração: 11/10/2024 20:36:55
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
240
Valor Educativo:
285 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
270 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
105 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Cachoeira da Fumacinha |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Geomorfologia |
Classificação temática secundária: | Metamorfismo |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Serra do Sincorá - BA) |
Localização
Latitude: | -13.279459953 |
---|---|
Longitude: | -41.260700226 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | BA |
Município: | Mucugê |
Distrito: | Brejão |
Local: | |
Ponto de apoio mais próximo: | Ibicoara |
Ponto de referência rodoviária: | |
Acesso: | Estrada de terra partindo de Ibicoara até a área rural |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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Apesar da cachoeira estar inserida no município de Mucugê, o acesso mais fácil a ela se dá por Ibicoara. Da sede toma-se estrada vicinal para zona rural por cerca de 30 km até a propriedade de Marão. A partir daí, inicia-se a trilha pelo leito do rio Riachão por cerca de sete quilômetros. Na primeira porção da trilha não afloram rochas, apenas colúvios, apenas snedo possível ver afloramento nas serras circundantes. Mais à frente, afloram metarenitos puros ou arcoseanos, esbranquiçados a rosados, predominantemente de granulometria média. Lentes de microconglomerados podem ser vistas, bem como porções mais ou menos recristalizadas. Estratificações acanaladas e cruzadas de médio e grande porte estão presentes no trajeto. Também no percurso diversas outras quedas d’água são encontradas. A cachoeira da Fumacinha desponta no fim de canion apertado e orientado N340, encaixada no paredão rochoso. O local e coberto por diversos blocos angulosos oriundos das partes mais altas ao redor. Na parede afloram intercalações de estratos sub-horizontais, decimétricos a métricos de metarenitos e estratos centimétricos a decimétricos de siltito. Os metarenitos variam de cinza a rosa e são de granulometria média a fina, por vezes apresentando proporção de feldspato e com grau de recristalização dos grãos de quartzo. Os siltitos podem ser cinzas ou avermelhados e apresentam clivagem ardosiana, indício de algum metamorfismo. Duas famílias de fraturas foram mais preponderantes e recorrentes: N340 e N50, resultando em diversos pares conjugados, tanto em escala de afloramento quanto escala regional, gerando a orientação preferencial das drenagens e encontros de rios. A cachoeira está instalada em zona de cisalhamento de alto mergulho e direção similar à orientação do canion e a queda de blocos se dá justamente no encontro entre as fraturas, tendo os clastos e a parede um ângulo similar a uma clivagem. Além disso, zonas de cisalhamento interestratais são vistas por todo percurso, gerando algumas dobras. Em uma destas é possível ver a geração de foliação plano axial já se orientando com a direção das zonas de cisalhamento, indicando uma paralelização da foliação S0//S1. A queda d’água em si conta com aproximadamente 100 metros de altura e um poço de 50 metros de diâmetro. Devido a força dos ventos dentro do canion, a água se comporta como um spray, daí saindo o nome do atrativo. O interesse do sítio está intrinsecamente associado com a interação entre a estrutural e a geomorfologia, gerando amplitude de relevo ímpar devido à erosão diferencial nas zonas de fraqueza, queda de blocos controlada e à posterior ação da água e gravidade. O sítio não apresenta gestão oficial, contando apenas com uma placa informal feita por moradores da região e área de estacionamento. O manejo de trilha é feito também por guias locais, desviando acessos mais difíceis e posicionando pedras e cabos de aço para facilitar travessias de rios. A visitação ao atrativo torna-se cada vez mais intensa segundo Marão, morador local que tem pequeno comércio e hospedagem no início da trilha. Segundo o mesmo, praticamente todos dias da semana existe visitação, aumentando exponencialmente em finais de semana e feriados. |
Abstract |
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Autores e coautores |
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Ramon Borges Nolasco Oliveira (UFBA) Ricardo Galeno Fraga de Araujo Pereira (UFBA) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Mesoproterozóico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Tombador |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Arenito |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : | Trilha por dentro de canion até chegar na Cachoeira da Fumacinha (100 metros de altura). |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Rúptil / Dúctil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR1c - Rampas de colúvio | |
FR5b - Canyons | |
FR5c - Vales encaixados | |
FR5e - Cachoeiras |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Bibliografia |
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Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Parque Nacional da Chapada Diamantina ( Federal) | UC de Proteção Integral | Parque |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 240 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários | 1 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 105 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica | 3 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 20 km do local de interesse | 3 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 15 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 285 | |||
Valor Turístico | 270 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 240 |
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Valor Educativo: | 285 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 270 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 105 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -13.25474998457999 e Longitude: -41.27909444463382 |
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Ponto 2: | Latitude: -13.263438424160956 e Longitude: -41.261078682878484 |
Ponto 3: | Latitude: -13.280146088798816 e Longitude: -41.24821028162468 |
Ponto 4: | Latitude: -13.294680821748063 e Longitude: -41.24289134243978 |
Ponto 5: | Latitude: -13.29501494329947 e Longitude: -41.2663976220634 |
Ponto 6: | Latitude: -13.264440916440103 e Longitude: -41.27686392174983 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Ramon Borges Nolasco Oliveira |
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Email: | moitaborges15@gmail.com |
Profissão: | (Aguardando atualização curricular) |
Instituição: | UFBA - Universidade Federal da Bahia |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/2615744071138858 |